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Fernando Henrique Cardoso: "Educação significa aprender a perguntar e a pensar"

Foto: Para Fernando Henrique Cardoso, valorizar a Educação é dever dos governantes


O ex-presidente da República conta que descobriu o verdadeiro sentido da Educação quando entrou na Universidade de São Paulo


Tive a Educação regular que todas as crianças e jovens de famílias de classe média tradicional (isto é, educadas) tiveram. Frequentei escolas primárias no Rio e em São Paulo, ambas privadas, e do mesmo modo, nas duas cidades fiz em escolas privadas o curso secundário.

O verdadeiro sentido da Educação se abriu para mim, entretanto, quando entrei na Universidade de São Paulo, em 1949. Naquela época alguns professores estrangeiros, sobretudo franceses, ainda davam as cartas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Também fiz curso de pós doutorado na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris.Aprendi, então, que Educação significa, mais do que transferência de informações, aprender a perguntar e a pensar: método. Mais vale ler um bom livro, qualquer que seja a orientação do autor, que abra a cabeça, do que perder tempo com dogmatismos ou muitas informações de utilidade duvidosa.
Passei grande parte de minha vida útil dedicando-me ao magistério. Na USP e, mais tarde nas universidades do Chile, de Stanford, Berkeley, Cambridge e na Universidade de Paris. Depois que deixei a Presidência da República voltei às aulas na Universidade de Brown, nos Estados Unidos onde fui professor visitante até há dois anos.

Como presidente, dei ênfase à expansão do Ensino Fundamental e técnico. O Brasil precisa muito que todas as crianças estejam nas escolas, que permaneçam nelas por mais horas do que o habitual e que as escolas as preparem para a vida. A vida moderna requer conhecimentos básicos de matemática, informática, português e pelo menos de uma outra língua. Mas, sobretudo história (com sabor sociológico) e algo de filosofia, ou melhor, de reflexão sobre a vida e as pessoas. Para isso é fundamental dispor de professores bem treinados, motivados, bem pagos e capazes de despertar o entusiasmo do aluno. Requisitos fáceis de mencionar e difíceis de serem efetivados.


De qualquer modo, para quem teve as oportunidades que tive de me educar é impensável não dar valor à Educação. Quando nasci metade dos brasileiros não sabia ler nem escrever. Agora serão dez por cento da população. Mas mesmo assim, os cursos ainda são precários. Acho que é dever de quem teve a oportunidade de se educar, principalmente dos governantes, valorizar a educação e entendê-la no verdadeiro sentido a que me referi: como um contínuo processo de aprendizagem, formal e informal, no qual mais vale saber indagar e refletir do que ter respostas feitas, como se a cabeça de cada um fosse um arquivo.



Fernando Henrique Cardoso foi presidente do Brasil de 1995 a 2002. É sociólogo e autor de vários livros sobre mudança social e desenvolvimento no Brasil e na América Latina. Atualmente ele preside o Instituto Fernando Henrique Cardoso, que preserva e dá acesso ao seu arquivo pessoal, além de promover o debate sobre democracia e desenvolvimento.




FONTE: REVISTA EDUCAR PARA CRESCER 


Sete de Setembro

 

Independência do Brasil

 

No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe regente dom Pedro, irritado com as exigências da corte, declarou oficialmente a separação política entre a colônia que governava e Portugal. Em outras palavras, ele proclamou a Independência do Brasil.

Um mês depois, mais precisamente em 12 de outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de dom Pedro 1º.

Resumidamente, a conquista da independência do nosso país poderia ser contada dessa forma, mas a história não é tão simples assim. Começa realmente com o enfraquecimento do sistema colonial e a chegada da corte portuguesa ao Brasil (1808) e só termina em 1824, com a adoção da primeira Constituição brasileira.

Os motivos da separação
Entre os séculos 18 e 19, cresceram no Brasil as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e a cobrança de altos impostos numa época de livre comércio.

Diversas revoltas - a exemplo da Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817 -, aliadas à Revolução Francesa e à independência dos Estados Unidos, provocaram o enfraquecimento do colonialismo e reforçaram o liberalismo comercial no Brasil. Em 1808, com a abertura dos portos, o Brasil passou a ter mais liberdade econômica e, com sua elevação à categoria de Reino Unido, deixou de ser, formalmente, uma colônia.

Em 1820, a burguesia portuguesa tentou resgatar sua supremacia comercial, promovendo a Revolução Liberal do Porto. No ano seguinte, o parlamento português obrigou dom João 6º a jurar lealdade à Constituição e a voltar para Portugal. Seu filho dom Pedro foi deixado no Brasil, na condição de príncipe regente, para conduzir uma eventual a separação política.

O rompimento
As pressões contra o controle de portugal cresceram na colônia, e a metrópole passou a exigir a volta de dom Pedro. O príncipe deu sua resposta a Portugal no dia 9 de janeiro de 1822 (Dia do Fico), com a célebre frase "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico".

Iniciou-se um esforço político por parte dos ministros e conselheiros de dom Pedro, pela permanência dos vínculos com Portugal, mantendo um pouco de autonomia para o Brasil. Queriam uma independência sem traumas, mas as críticas ao colonialismo ficaram insustentáveis. Dom Pedro, então, se viu pressionado a oficializar o rompimento.

Foi assim que, em 3 de junho de 1822, dom Pedro convocou a primeira Assembléia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil e, dias depois, assinou o Manifesto às Nações Amigas, justificando o rompimento com as cortes de Lisboa e garantindo a independência do país, como reino irmão de Portugal.

Em represália, os portugueses anularam a convocação da Assembléia Constituinte brasileira, enviaram tropas à colônia e exigiram o retorno imediato do príncipe regente a Portugal. No dia 7 de setembro de 1822, durante uma visita a São Paulo, nas proximidades do rio Ipiranga, dom Pedro recebeu uma carta com as exigências das cortes e reagiu proclamando a independência do Brasil. Bahia, Maranhão e Pará, que tinham juntas governantes de maioria portuguesa, só reconheceram a independência em meados do ano seguinte, depois de muitos conflitos entre a população e os soldados portugueses.

No início de 1823, houve eleições para a Assembléia Constituinte que elaboraria e aprovaria a Carta constitucional do império brasileiro, mas, em virtude de divergências com dom Pedro, a Assembléia logo foi fechada. A 1ª Constituição brasileira foi, então, elaborada pelo Conselho de Estado e outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824.

Com a Constituição em vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente concretizada. Mesmo assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a assinatura do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por dom João 6º.
*Fonte: Almanaque Abril, Fovest e Enciclopédia da Folha


FONTE: UOL EDUCAÇÃO